terça-feira, 19 de junho de 2012

Religiosidade: A riqueza do Cristianismo: "Sede santos, assim como vosso Pai celeste é santo". (Mt 5, 48)


Religiosidade (3ª parte) A riqueza do Cristianismo: "Sede santos, assim como vosso Pai celeste é santo". (Mt 5, 48)

Prosseguindo em nossa reflexão sobre alguns aspectos da Religiosidade trataremos, aproveitando a ocasião da Beatificação do Papa João Paulo II, do riquíssimo processo de Beatificação e de Canonização para que seja reconhecido que aquele indivíduo em questão como mais um santo e apresentá-lo a todos os fiéis.
As etapas do processo – Consta de três etapas:
1. Servo de Deus. Com a liberação (“Nihil Obstatt”) da Congregação dos Santos permitindo abrir o  processo, o candidato aos altares recebe o título de “Servo de Deus”.
2. Beatificação: É cerimônia de comprovação, em Roma, da vida, da heroicidade das virtudes, da fama de santidade e de um milagre, sob a intercessão do Servo de Deus.
3. Canonização: É a cerimônia de comprovação, em Roma, do segundo milagre
O processo se inicia com a convicção popular e da Igreja  de que o candidato levou uma vida “sagrada”, que somente 5 anos após a morte do candidato pode iniciar o processo de beatificação.  No caso do Papa João Paulo II foi aberto uma exceção pelo Papa Bento XVI para que o processo se iniciasse antes dos 5 anos, da mesma forma que aconteceu com o processo da Madre Teresa de Calcutá, hoje também Beata Teresa, que o Papa João Paulo II autorizou o início antes deste prazo.
A primeira fase do processo de Beatificação é diocesano, local onde morreu o servo de Deus, nela os investigadores (peritos em teologia) investigam documentos, escritos, e testemunhos de pessoas que conviveram com o candidato, ouviram-no ou viram-no.  Recolhem-se todos os documentos que sejam suficientes para provar a existência da fama de santidade e o exercício heróico das virtudes cristãs, e envia-os para a Congregação das Causas do Santos, no Vaticano, onde três comissões: Histórica, Teológica e Congregação dos Cardeais que aprovam ou não a continuidade do processo. Aprovando-se, aguarda-se o milagre. Pelo menos um milagre póstumo precisa de comprovação, para se Beatificar o Servo de Deus.
Podemos dizer que Milagre é um fato que não tem explicação pelas leis da natureza, que por intercessão do Servo de Deus foi realizado pelo próprio Deus, normalmente é uma cura de uma doença de forma rápida, permanente e inexplicável pela medicina. A cura é analisada pela comissão de médicos do próprio país, que encaminham o parecer para o Vaticano.  No Vaticano o caso é analisado por outra comissão de 5 médicos com o objetivo de ver se há ou não explicação científica para este fato. O processo é sigiloso, um perito não sabe do parecer do outro e sequer sabe quem são os demais peritos. Se não houver explicação Científica, fica comprovado o milagre, seguindo-se então para Beatificação do Servo de Deus que é proclamado Beato.
O Beato é venerado por um grupo de fiéis. É o primeiro grande passo para a santidade (Canonização).  Para ser declarado santo, mais um milagre póstumo precisa ser comprovado, o processo de comprovação se dá da mesma forma do ocorrido na Beatificação.  A Canonização torna possível o culto pela Igreja Universal, e se proclama que aquele Servo de Deus, encontra-se na glória de Deus, por nós intercedendo, sendo para nós como um fiel modelo de vida cristã.
            Como vemos, é um processo criterioso, científico e que não nos deixa dúvidas: a santidade é possível e os santos até hoje declarados como tal pela Santa Igreja são os grandes exemplos que podemos seguir.  Pois, estes foram capazes de abraçar a fé cristã de maneira corajosa e fiel, vivendo como verdadeiros amigos de Deus.  Façamos o mesmo e desde já contando com a intercessão do Beato João Paulo II e de todos os santos e santas de Deus.
Rogai por nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário