Em diversas ocasiões pudemos refletir acerca
da santidade de vida. Hoje chego a uma
das formas de santidade, a da daqueles que entregam a sua própria vida pela
Evangelização, aqueles que preferiram morrer a renunciar a sua fé. A palavra mártir vem do grego “martys”,
“martyros” que significa testemunha. Ou seja, é o amor a Jesus Cristo, é ter a
fé cristã professada e vivida como algo mais importante do que a própria vida,
estando disposto a doá-la inteiramente, até o sangue, para não renegar a fé. E
muitos dos mártires foram provados nisso. Eles eram obrigados ao preço da
própria vida a renegarem a Fé Cristã ou a simular a rejeição da doutrina cristã
para preservar a vida.
Porém, foram fiéis a palavra da Sagrada Escritura
que diz que “Aqueles que quiserem salvar a sua vida perde-la-à, mas, aqueles
que perderem suas vidas por causa do meu nome, a salvará” (Lucas, 9, 24). Foi um misto de coragem e ousadia, como vemos
na história de muitos deles, mas que para ilustrar trago a tona apenas uma, a
de São Policarpo, ele que foi Discípulo do apóstolo João, e fora feito
bispo de Esmirna,uma das mais importantes comunidades cristãs.
“Em Esmirna (Turquia), no ano 155, a
intolerância manifestou-se com o martírio do bispo Policarpo, provocado pela
multidão enfurecida. O magistrado Herodes procedeu à prisão do bispo que,
entretanto tinha deixado a cidade. Mandou-o levar ao estádio onde procurou
convencê-lo a renegar a fé:
- Pensa na tua
idade e jura pelo gênio de César, convencer-te uma vez por todas a gritar a morte
dos ateus.
- Sim, morram os ateus!
- Jura e coloco-te em liberdade; amaldiçoa o Cristo.
- Faz 86 anos que o sirvo, e ele nada fez de errado para comigo; como posso blasfemar contra o meu Rei e Salvador?
- Tenho prontas as feras; se não mudas de idéia lanço-te a elas.
- Chama-as! Nós cristãos não admitimos que se mude, passando do bem ao mal, mas acreditamos que é preciso converter-nos do pecado à justiça.
- Se não te importam as feras e se continuas a ter a mesma idéia fixa farei com que sejas consumido pelo fogo.
- Ameaças-me com um fogo que queima por pouco e depois se apaga; vê-se que não conheces aquele do juízo futuro, da pena eterna reservada aos ímpios. Porque queres ser condescendente? Faz o que quiseres.
Dizia isso com coragem e serenidade, irradiando tal graça do seu rosto, que nem parecia que fosse ele o processado, mas sim o Procônsul. Quando a fogueira foi preparada, amarraram-no com as mãos às costas, como um carneiro de um grande rebanho escolhido para o sacrifício, holocausto aceito por Deus. Elevando os olhos, ele rezou:
- Eu te bendigo Senhor Deus onipotente, porque me fizeste digno deste dia e desta hora, de ser enumerado entre os mártires, de compartilhar o cálice do teu Cristo, para ressuscitar à vida eterna da alma e do corpo na incorruptibilidade do Espírito Santo.
Concluída a oração, a fogueira foi acesa; as chamas, porém, dobrando-se em forma de abóbada, como se fosse uma vela inchada pelo vento, circundou o corpo do mártir como um muro. Estava no meio não como corpo que queima, mas como pão que se doura assando ou como ouro e prata que são refinados no cadinho; sentiu-se um perfume como de incenso ou outro aroma precioso. Afinal, um carnífice matou-o com a espada.”
- Sim, morram os ateus!
- Jura e coloco-te em liberdade; amaldiçoa o Cristo.
- Faz 86 anos que o sirvo, e ele nada fez de errado para comigo; como posso blasfemar contra o meu Rei e Salvador?
- Tenho prontas as feras; se não mudas de idéia lanço-te a elas.
- Chama-as! Nós cristãos não admitimos que se mude, passando do bem ao mal, mas acreditamos que é preciso converter-nos do pecado à justiça.
- Se não te importam as feras e se continuas a ter a mesma idéia fixa farei com que sejas consumido pelo fogo.
- Ameaças-me com um fogo que queima por pouco e depois se apaga; vê-se que não conheces aquele do juízo futuro, da pena eterna reservada aos ímpios. Porque queres ser condescendente? Faz o que quiseres.
Dizia isso com coragem e serenidade, irradiando tal graça do seu rosto, que nem parecia que fosse ele o processado, mas sim o Procônsul. Quando a fogueira foi preparada, amarraram-no com as mãos às costas, como um carneiro de um grande rebanho escolhido para o sacrifício, holocausto aceito por Deus. Elevando os olhos, ele rezou:
- Eu te bendigo Senhor Deus onipotente, porque me fizeste digno deste dia e desta hora, de ser enumerado entre os mártires, de compartilhar o cálice do teu Cristo, para ressuscitar à vida eterna da alma e do corpo na incorruptibilidade do Espírito Santo.
Concluída a oração, a fogueira foi acesa; as chamas, porém, dobrando-se em forma de abóbada, como se fosse uma vela inchada pelo vento, circundou o corpo do mártir como um muro. Estava no meio não como corpo que queima, mas como pão que se doura assando ou como ouro e prata que são refinados no cadinho; sentiu-se um perfume como de incenso ou outro aroma precioso. Afinal, um carnífice matou-o com a espada.”
Portanto é um testemunho que vai até a morte se
necessário. Para que a Igreja declare oficialmente que alguém é mártir da fé,
são feitas pesquisas a respeito da verdadeira causa da morte que
necessariamente deve ter como causa a defesa da fé; a livre aceitação da morte;
graças ou milagres obtidos por intercessão do (a) servo (a) de Deus. O sangue
dos mártires continua a ser semente de novos cristãos, e será até a volta do
Senhor.
Por isso devemos contar sempre com a
intercessão desses santos mártires e com seus exemplos de fé e de amor a Cristo
e sua igreja. Devemos a riqueza da história de cada um deles!
Todos os santos e santas de Deus: Rogai por
nós!
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